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A Receita Federal rastreou investigações fiscais feitas contra o presidente Jair Bolsonaro e membros da família dele, como a primeira-dama Michelle e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo. A pesquisa abrangeu ainda duas ex-mulheres de Bolsonaro — Ana Cristina Valle e Rogéria Nantes Bolsonaro — e o ex-assessor Fabrício Queiroz, acusado de operar um esquema de rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio quando Flávio era deputado.
A informação é do site Metrópole, que teve acesso ao levantamento feito em outubro no ano passado pelo Serpro, órgão responsável pelo armazenamento das informações dos sistemas da Receita. O objetivo foi descobrir se, quando e quem teve acesso indevido a dados sigilosos do presidente e da família dele. De acordo com a reportagem, as investigações internas da Receita começaram após pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). A apuração usou 22 sistemas de dados da Receita Federal, de janeiro de 2015 até setembro de 2020, e foram divididas em dois lotes.
Para justificar a ação junto ao presidente da República, a defesa de Flávio sustentou que havia uma suposta organização criminosa instalada na Receita acessando dados sigilosos indiscriminadamente com objetivos políticos. Como no caso do relatório o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que gerou o caso Queiroz. Ainda segundo o Metrópoles, a pesquisa custou R$ 490,5 mil à Receita, pagos ao Serpro.