Medicamento Fingolimode demonstrou potencial para eliminar o novo coronavírus nas células infectadas| Foto: Pixabay
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Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) testaram com sucesso um medicamento usado no tratamento da esclerose múltipla para eliminar o SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19. O estudo foi publicado na revista científica norte-americana ACS Applied Bio Materials. Segundo reportagem do Jornal da USP, foram realizados testes in vitro em laboratório com o fingolimode, um fármaco tradicionalmente empregado contra a esclerose múltipla, utilizando células normais e infectadas pelo novo coronavírus.

No estudo, o fingolimode, envolvido em cápsulas mil vezes menores que uma célula humana, conseguiu destruir o vírus usando uma concentração 60 vezes menor que a versão não encapsulada, reduzindo o risco de efeitos colaterais. O professor Valtencir Zucolotto, do IFSC, coordenador do estudo, explicou ao Jornal da USP que não houve modificações na molécula do fármaco para os testes com o SARS-CoV-2.

“O que fizemos foi encapsular o fingolimode em nanocápsulas poliméricas”, diz. Segundo ele, essas nanocápsulas "podem ser direcionadas às células doentes, aumentando a concentração localizada do fármaco e diminuindo, assim, os efeitos colaterais.” A meta dos pesquisadores agora é realizar testes clínicos em pacientes e obter a futura aprovação do medicamento para tratar a Covid-19.

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