Renan Calheiros vira réu na Lava Jato: defesa alega perseguição.| Foto: Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo

Pela primeira vez, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) se tornou réu na Lava Jato. Por três votos a dois, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu parcialmente denúncia pela suposta prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter recebido R$ 150 mil em setembro de 2010 através de uma doação da empresa NM Serviços ao diretório estadual do MDB de Tocantins. Em troca dos repasses, Renan é suspeito de manter o executivo Sérgio Machado no cargo de presidente da Transpetro.

Apesar disso, os ministros do STF rejeitaram por unanimidade acusações de recebimento de vantagens indevidas via repasses ao diretório do partido em Sergipe e pelo comitê financeiro do PSDB de Alagoas. Caso fossem aceitas essas acusações, o total de valores suspeitos recebidos somariam R$ 1,8 milhão. Relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin alegou falta de provas para as acusações em Alagoas e Sergipe. No caso de Tocantins, votaram a favor do acolhimento da acusação os ministros Edson Fachin, Celso de Mello e Carmen Lucia. Foram contrários os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

Além desse caso, Renan é alvo de outras nove instigações relacionadas à Lava Jato, ainda pendentes de avaliação dos ministros. Outros oito inquéritos da Lava Jato foram arquivados.

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