A decisão da Ford de encerrar a produção no Brasil afeta diretamente 5,3 mil pessoas empregadas pela montadora nas três fábricas que serão desativadas no Brasil.| Foto: Ford/Divulgação
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O anúncio feito pela montadora Ford de que deixará de produzir veículos no Brasil repercutiu no mundo político com lamentações e críticas sobre a decisão. Um dos primeiros a lamentar o encerramento, o vice-presidente Hamilton Mourão, se disse surpreso com o comunicado e afirmou que essa não foi uma boa notícia para o País. "Não é uma notícia boa. Eu acho que a Ford ganhou bastante dinheiro aqui no Brasil. Me surpreende essa decisão que foi tomada aí pela empresa", comentou Mourão na saída da vice-presidência. Ele opinou ainda que a montadora poderia ter esperado mais e destacou o tamanho do público consumidor brasileiro. "Eu acho que ela poderia ter retardado isso aí mais e aguardado. Até porque o nosso mercado consumidor é muito maior do que outros aí", afirmou.

Doria diz que empresa manterá empregos em SP

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi mais um a lamentar publicamente o encerramento da produção de veículos da Ford no Brasil. Sem citar as demissões na fábrica de Taubaté (SP), onde a montadora emprega cerca de 830 funcionários, o tucano afirmou que a empresa manterá 700 trabalhadores em atividades no município de Tatuí (SP) e na capital do Estado. "A medida afeta o fechamento de fábricas no Ceará, Bahia e SP. Foi decisão global da Ford Motors", escreveu Doria em sua conta no Twitter.

Falta de credibilidade do governo, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o fechamento das fábricas da Ford no Brasil seria, na sua visão, uma demonstração da "falta de credibilidade" do governo federal. Ele também considera que o anúncio da montadora evidencia a ausência de regras claras, de segurança jurídica e de um sistema tributário racional. "Espero que essa decisão da Ford alerte o governo e o Parlamento para que possamos avançar na modernização do Estado e na garantia da segurança jurídica para o capital privado no Brasil", escreveu Maia em sua conta no Twitter.

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