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O delegado da Polícia Federal de Minas Gerais Rodrigo Morais afirmou nesta quinta-feira (4) que a reabertura das investigações sobre o atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro vai permitir que a "única lacuna" do inquérito seja resolvida. Para o delegado, falta esclarecer se os advogados de Adélio Bispo foram contratados por um terceiro ou resolveram assumir o caso por conta própria. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) derrubou uma liminar que impedia a reabertura do inquérito nesta quarta-feira (3). A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
"Esta foi a única lacuna. Até agora, depois de tudo o que foi investigado, não se identificou nada em relação a terceiros. A única lacuna era justamente nessa questão dos advogados do Adélio. Com essa decisão, vai ficar mais fácil saber se havia um terceiro ou não. Basicamente, é só isso o que falta: descobrir se os advogados assumiram o caso visando a exposição [midiática] ou se eles foram contratados", disse o delegado.
A Polícia Federal já realizou dois inquéritos sobre o caso e concluiu que Adélio agiu sozinho. Segundo o delegado, serão analisados o conteúdo do celular do advogado Zanone Manuel de Oliveira, que representou Adélio. Além das imagens do circuito de segurança do escritório do advogado. O material já está em posse da PF desde 2018, mas a investigação estava suspensa devido a liminar.