O grupo de trabalho na Câmara que analisa o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, suspendeu a reunião desta terça-feira (1º) para protestar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra a votação do excludente de ilicitude. O texto já foi rejeitado no grupo na semana passada, mas a CCJ está analisando o mesmo texto neste momento. A reunião do grupo foi suspensa por 20 minutos para que os deputados possam ir à reunião da CCJ reclamar do que chamaram de “desrespeito”. Orlando Silva (PCdoB-sp) pediu que a CCJ deixe de analisar temas discutidos no grupo enquanto ele estiver vigente. Já o relator Capitão Augusto (PL-SP) defende o excludente de ilicitude e diz que ficou claro que tem votos na CCJ pra ressuscitar a proposta. Ele alega que a manobra é regimental e não tem nada de errado, nem de desrespeito. Já o deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ) disse que a manobra é desrespeitosa e que não se pode usar a CCJ como atalho pra votar algo que já foi derrotado. O deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG) disse que o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), se comprometeu a não colocar mais em pauta pontos discutidos no grupo de trabalho.
