A decisão da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, que ordenava a transferência de Lula para um presídio de São Paulo movimentou a Câmara. Parlamentares da oposição e situação consideraram “injusta” a decisão, o que levou um grupo formado por deputados de 11 partidos a sair da votação dos destaques da Previdência em marcha ao Supremo Tribunal Federal (STF) para buscar a reversão da transferência de Lula para presídio.
Na chegada, após terem sido impedidos de entrar pela segurança, eles foram liberados por um motivo: Rodrigo Maia (DEM-RJ). Foi o presidente da Câmara que agendou a reunião dos parlamentares com o presidente do Supremo, Dias Toffoli, que prontamente recebeu os parlamentares. Contudo, obviamente, foi Toffoli também que tomou a decisão de quem seria o responsável pela avaliação do pedido da defesa de Lula.
Inicialmente, o pedido da defesa foi enviado ao ministro Gilmar Mendes, que levou o caso ao presidente da Corte. O pedido solicitava: uma liminar para restabelecer a liberdade de Lula, a suspensão da decisão de Carolina até o final do julgamento de habeas corpus de Lula, e o direito de o ex-presidente o direito de permanecer em Sala de Estado Maior. Toffoli decidiu que a avaliação inicial seria do relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, que levou o caso a plenário. Foram 10 votos a favor da suspensão da decisão de Carolina, e pelo direito de permanência em Sala de Estado Maior.