O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), da forma como se deu, é "inadmissível".
O deputado também declarou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da imunidade parlamentar, que restringe os casos em que parlamentares podem ser presos. A votação da PEC foi adiada após pressão popular e de parte dos deputados. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil neste domingo (28), segundo registro do portal UOL.
"Devemos entender com bastante clareza que esse impasse que foi gerado precisa ser resolvido. Não pode ficar como está. Se ficar, teremos um desconforto entre Legislativo e Judiciário. É inadmissível o procedimento que foi adotado para prender o deputado Daniel Silveira, não tem base no nosso arcabouço jurídico, nem nas leis nem na Constituição", afirmou Barros.
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão de Daniel Silveira por "flagrante delito" após o deputado divulgar um vídeo em que criticava ministros da Corte, sugeria a substituição deles e defendia o AI-5, ato editado durante a ditadura militar em 1968.