Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles| Foto: Sergio Lima/AFP
Ouça este conteúdo

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonerou na sexta-feira (9) quatro chefes do Ibama, responsáveis pelas operações do órgão federal nos estados do Amazonas, Bahia, Paraíba e Tocantins. Até o momento, apenas um cargo foi ocupado - Luiz Carlos Fernandes assumiu o posto que antes era de Flavio Luiz de Souza Vieira, em Tocantins.

No Amazonas, deixou o posto Rezende Guimarães Filho. Na Paraíba, saiu Arthur Martins Marques Navarro. Na Bahia, deixou o cargo Rodrigo Santos Alves. Nos três casos, o pedido de exoneração traz a informação de que a saída foi feita "a pedido" de cada um deles.

Na Bahia, o superintendente Santos Alves protagonizou desentendimentos com fiscais do Ibama, ao cancelar multas que os agentes haviam dada a um hotel de luxo, pela construção de um muro sobre a areia na Praia do Forte. Alves, que ocupava o cargo no órgão ambiental, é dono de uma imobiliária em Salvador e região, mas afirmou que nunca negociou nenhum empreendimento ligado aos proprietários do hotel.

Publicidade

O ministro Salles tem nomeado, desde o início de sua gestão, militares para ocupar cargos no Ibama e no Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que são vinculados ao Ministério do Meio Ambiente. Um processo de fusão dos dois órgãos, inclusive, tem sido analisado por um grupo de servidores, a maior parte deles de formação militar.

Ibama e ICMBio atravessam, hoje, a pior fase de suas estruturas, em relação a recursos financeiros e número de servidores. O orçamento federal destinado aos órgãos tem sido estrangulado ano após ano, além de o quadro profissional não ser renovado, após sucessivos pedidos de aposentadoria.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]