O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta quarta-feira (19) que a operação da Polícia Federal que teve o próprio ministro como alvo e outros agentes públicos foi "exagerada e desnecessária". A ação cumpriu 35 mandados de busca e apreensão com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
"Faço aqui uma manifestação de surpresa com essa operação que eu entendo exagerada, desnecessária. Até porque todos, não só o ministro, como todos os demais que foram citados e foram incluídos nessa legislação tiveram sempre à disposição pra esclarecer quaisquer questões", afirmou Salles.
Ricardo Salles disse ainda que Moraes foi "induzido a erro" pela investigação da Polícia Federal. "Acabou induzindo o ministro relator [Alexandre de Moraes] a erro, induzindo que teria havido uma ação concatenada de agentes do Ibama e de Ministério do Meio Ambiente Para favorecer ou para fazer o destravamento indevido do que quer seja."
Salles afirmou ainda que foi ao Ministério do Meio Ambiente e falou com o delegado. "Agora, essas medidas são desnecessárias, na medida em que o ministério e todos os funcionários poderiam ter ido, se chamados para a Polícia Federal".
O ministro disse que explicou o episódio ao presidente Jair Bolsonaro e garantiu que "não há substância em nenhuma das acusações".