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Depois de várias semanas de obstrução dos partidos que fazem parte da base do governo e também da oposição, por diversos motivos, segurando as votações da Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou nesta terça-feira (27), interesse para se avançar com as reformas. "Não sou eu que estou obstruindo, é a base do governo. Se o governo não tem interesse nas medidas provisórias, eu não tenho o que fazer. Eu pauto, a base obstrui, eu cancelo a sessão. Infelizmente, é assim. Eu espero que, quando tivermos que votar a PEC Proposta de Emenda à Constituição emergencial, a reforma tributária, que o governo tenha mais interesse e a própria base tire a obstrução da pauta da Câmara", reclamou.
Maia ressaltou que o instrumento da obstrução é um direito. "Agora, também quando tiver uma medida provisória importante que vá vencer, talvez outros façam obstrução para que governo entenda que a Câmara precisa trabalhar", disse ele. Enquanto os partidos do Centrão prendem as sessões por causa de um imbróglio que envolve a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a oposição o faz para que a medida provisória (MP) que prorroga o pagamento e reduz o valor do auxílio emergencial seja pautada. "Espero que, naquilo que for urgente, possa ter maioria na Casa para que o Brasil não entre no ano que vem com inflação subindo, com ainda câmbio a sete reais, taxa de juros a longo prazo subindo 15% a 20% , relação dívida-PIB de 100%; espero que a responsabilidade prevaleça", comentou.