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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber prorrogou nesta terça-feira (23) por mais 45 dias o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro prevaricou no caso Covaxin. A ação é baseada nos depoimentos do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda à CPI da Covid. A informação foi divulgada pelo portal G1.
A Polícia Federal começou as investigações em julho, no entanto o prazo inicial, de 90 dias, já se encerrou. Como ainda faltam diligências para concluir o inquérito, a PF solicitou mais tempo. Os investigadores informaram à corte que ainda não conseguiram ter acesso à documentos sobre a negociação da vacina indiana Covaxin, pois o Ministério da Saúde determinou sigilo aos dados. Eles solicitaram que o STF determine o acesso a toda documentação.
Rosa Weber criticou a pasta por decretar sigilo nas informações sobre o caso. "A verdade é que nenhuma classificação restritiva de acesso à informação pode ser invocada para obstruir a produção de prova criminal, ainda que contra o Presidente da República", disse a ministra na decisão.