Alexandre Saraiva atuava como superintendente da Polícia Federal do Amazonas, mas foi exonerado do cargo após apresentar notícia-crime contra Salles.| Foto: Inpa/Divulgação
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Afastado do comando da Polícia Federal no Amazonas, o delegado da PF Alexandre Saraiva reafirmou nesta segunda-feira (26) as críticas que disparou contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alvo de uma notícia-crime enviada por ele ao Supremo Tribunal Federal. Em comissão realizada pela Câmara dos Deputados para discutir o assunto, Saraiva disse que Salles decidiu se colocar ao lado dos madeireiros a partir da avaliação de duas toras de madeira, quando estava diante da maior apreensão de madeira ilegal já feita pela PF em toda história.

"Não se pode, com análise de duas toras, anular todo esse trabalho que foi realizado pelos peritos da Polícia Federal. Se é para criticar, que se colocasse uma equipe técnica do Ibama para fazer verificação da área", declarou o delegado aos deputados.

Saraiva disse que existem aproximadamente 40 pontos na região que foram alvos de apreensão de madeira, mas apenas dez pessoas apresentaram documentação até o momento, com o objetivo de tentar retirar o material. "O senhor ministro fez uma inversão, tornou legítima a ação dos criminosos e não dos agentes públicos. Em linhas gerais, sendo bem conciso, foi isso que nos motivou a fazer essa notícia crime."

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