Como será a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19
O intervalo entre as doses da Coronavac será o mesmo usado nos testes da vacina, de 28 dias.| Foto: Estado de São Paulo/Divulgação

A gestão João Doria (PSDB) decidiu que não irá mais retardar o intervalo de tempo entre a aplicação da primeira e da segunda dose da vacina contra o coronavírus, como chegou a cogitar no começo desta semana. O intervalo entre as doses da Coronavac será o mesmo usado nos testes da vacina. "Cumpriremos de forma clara os 28 dias para aplicação da segunda dose de todo o grupo que compõe a fase 1", disse a coordenadora do Centro de Controle de Doenças do Estado, Regiane de Paula. Por 'fase 1', ela se referia a profissionais de saúde da linha de frente do combate à doença, indígena, quilombolas e idosos que vivem em instituições como asilos.

A tomada de decisão pelo recuo se deu após falta de entendimento com o Ministério da Saúde: São Paulo queria que o governo federal desse garantias que, aplicadas todas as doses disponíveis, Brasília desse garantias de que houvesse novas doses suficientes para a segunda aplicação. "O que foi pleiteado ao ministério, o questionamento que foi feito, é se nós poderíamos utilizar essas doses que foram guardadas (nos armazéns da Secretaria Estadual da Saúde), para ampliar de forma mais célere a imunização, e que o ministério desse, portando, uma garantia de que, naquele prazo da segunda dose, nós teríamos mais vacinas", afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. "Isso não foi colocado pelo ministério", continuou. "Então, por uma questão de segurança e respeito a todos que foram imunizados, nós mantivemos essas doses guardadas." Essas doses, agora, serão usadas para a aplicação do reforço - que é vital para que o processo de imunização contra a Covid-19 tenha êxito.