O Ministério da Saúde optou pela compra de seringas com frete mais barato com tempo de entrega maior, apesar da recomendação do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do órgão para a manutenção via entrega por avião, com o preço maior, com o objetivo de garantir que o país tivesse insumos suficientes a tempo para efetuar a vacinação contra Covid-19. Os dados são do jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação.
Os documentos mostram que a manifestação ocorreu durante a negociação com a Organização Panamericana da Saúde (Opas) para a aquisição dos insumos. Apesar do alerta, a manifestação do departamento não foi atendida pela secretaria executiva da pasta, comandada pelo oficial do Exército Élcio Franco.
O jornal diz ainda que a previsão para a chegada da primeira remessa de entregas das seringas por via marítima é 25 de janeiro, com 1,9 milhão de unidades. A próxima, diz a reportagem, ocorreria em março. Pelo transporte aéreo, no entanto, 20 milhões de seringas já teriam chegado ao Brasil em dezembro de 2020.
Segundo o documento, a pasta afirmou que "a opção de modal marítimo se mostra, de forma geral, como uma opção mais econômica para o envio de cargas no comércio internacional", apesar de "cientes das diferenças quanto ao tempo de entrega".