O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu, neste domingo (5), que há em seu governo pessoas que descumprem suas ordens, e que ele considera demiti-las. "Algumas pessoas no meu governo subiu à cabeça deles (sic). Estão se achando. Eram pessoas normais, mas de repente viraram estrelas. E falam pelos cotovelos. Tem provocações. Mas a hora deles não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles. E a minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor", disse. Bolsonaro não citou nomes. Nos últimos dias, ele tem feito críticas públicas ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, favorável às políticas de quarentena em razão da pandemia de coronavírus - Bolsonaro defende o chamado isolamento vertical, com restrições apenas a idosos e a pessoas de grupos de risco.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), se esquivou dos recados do presidente Jair Bolsonaro dados neste domingo, 5, que sinalizou que poderia demitir do governo quem está "se achando". Questionado pela reportagem cerca de uma hora após as declarações, Mandetta afirmou que ainda não tinha visto a frase.
Também neste domingo, um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), condenou a quarentena. Em live com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o parlamentar disse ser "meta ousada demais" praticar o isolamento até depois de maio, como sugere o Ministério da Saúde.