Após quatro reuniões na sede do Ministério Público do Ceará, a comissão formada pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado, além de representantes dos policiais militares, não entrou em acordo para pôr fim à paralisação de PMs, que seguem amotinados no 18º Batalhão, em Fortaleza, há 11 dias. Segundo a comissão, para dar continuidade às negociações, os PMs exigiram a presença do ex-deputado federal Cabo Sabino e da líder das mulheres dos policiais, identificada como Nina, que participam do movimento, na roda de negociações. O pedido foi negado por unanimidade. De acordo com o procurador-geral de Justiça cearense, Manuel Pinheiro, a justificativa é de que o ex-parlamentar tem mandado de prisão em aberto por ter liderado os motins. "Nós, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não nos sentimos à vontade de sentar à mesa com uma pessoa nesta condição", afirmou. Um dos pontos discutidos na reunião foi a anistia dos PMs que participam dos motins. Pinheiro esclareceu que a comissão não tem o poder de decidir por anistia criminal, mas sim pela anistia administrativa, que também foi negada. Cada agente responderá apenas pelo crime que cometeu.
Sem consenso, policiais militares do Ceará avançam para 12º dia de motim
- 28/02/2020 20:56
- Estadão Conteúdo
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