Em discurso, presidente da ANJ, Marcelo Rech, criticou as motivações expressas pelo presidente Jair Bolsonaro para editar a medida provisória 892, que impacta os jornais impressos.| Foto: Pedro França/Agência Senado

O Senado realizou nesta quinta-feira (15) uma sessão solene para comemorar os 40 anos da Associação Nacional de Jornais (ANJ). No evento, executivos do setor defenderam a liberdade de expressão e de imprensa e criticaram as motivações expressas pelo presidente Jair Bolsonaro para editar a medida provisória 892, que cancelou a obrigatoriedade da publicação dos balanços empresariais em jornais. Eles também defenderam que empresas globais de tecnologia sejam enquadradas nas mesmas regras seguidas pelas empresas jornalísticas.

Em discurso, o presidente da ANJ, Marcelo Antônio Rech, afirmou que o Brasil, aos olhos internacionais, "começa a ingressar no rol de países que usam instrumentos oficiais para retaliar veículos e intimidar a imprensa" com a edição da medida provisória. Bolsonaro editou a MP em 5 de agosto e, ao justificar a edição do texto, afirmou que ele era uma "retribuição" à forma como foi tratado pela imprensa durante a campanha eleitoral.