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Por unanimidade, os senadores aprovaram em dois turnos, nesta terça-feira (9), a PEC 29/2020, que inclui no rol dos direitos sociais da Constituição a renda básica para todo brasileiro em situação de vulnerabilidade de renda. O texto acrescenta um parágrafo ao artigo 6º, com o seguinte teor: "Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade de renda terá direito a uma renda básica, garantida pelo poder público, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei”. Hoje o artigo 6º prevê como direitos sociais "a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados".
A PEC inclui as despesas relativas à renda básica no artigo 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que trata dos limites individualizados para as despesas primárias. É uma forma de garantir os recursos no Orçamento para o pagamento desse tipo de auxílio. O terceiro artigo da PEC prevê que a renda básica será instituída por lei e poderá ser implementada por etapas, priorizando os cidadãos de menor renda.
"Depois da experiência do auxílio emergencial, não podemos retroceder. O Senado deve estar do lado certo da história", justifica o primeiro signatário da PEC, senador Eduardo Braga (MDB-AM), referindo-se ao auxílio que vem sendo pago às famílias de baixa renda desde o ano passado, em razão da pandemia da Covid-19. O relator foi o senador Antonio Anastasia (PSD-MG). A PEC segue agora para a Câmara Federal. As informações são da Agência Senado.