O plenário do Senado encerrou na tarde desta quarta-feira (2) a votação dos destaques ao texto-base da reforma da Previdência, aprovado em primeiro turno por 56 votos a 19. Diferente do que aconteceu na terça-feira (1º), o governo consegui mobilizar sua base e derrubar os três destaques votados. Caso tivessem sido aprovados, eles iam desidratar a reforma em R$ 201,3 bilhões, segundo o governo. Três destaques foram retirados pelos próprios autores.
O líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), fez longos discursos nesta quarta, em cada um dos destaques, para recomendar que eles fossem derrubados. Ele também atuou nos bastidores para fazer com que Podemos, Pros e MDB retirassem seus destaques. Na terça, o governo acabou deixando passar um destaque do Cidadania que manteve as regras atuais do abono salarial. Com isso, a economia com a reforma, que estava estimada em cerca de R$ 870 bilhões, caiu para R$ 800 bilhões ao longo de dez anos. Foi considerado o maior revés do governo na tramitação da reforma da Previdência. O segundo turno está marcado para o dia 10 de outubro, mas a data pode sofrer alteração.