Augusto Aras foi escolhido por Bolsonaro para chefiar a Procuradoria-Geral da República| Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Entre os titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que vai sabatinar Augusto Aras, indicado à Procuradoria-Geral da República, apenas dois declararam que não pretendem dar aval à nomeação. Seis se disseram favoráveis, segundo levantamento do Estadão. Única representante do PSL, partido de Bolsonaro, na CCJ a senadora Juíza Selma (MT), declarou que vai votar contra o escolhido para suceder a Raquel Dodge. Na oposição, o vice-líder do PT, Rogério Carvalho (SE), se disse a favor.

A reportagem ouviu 24 dos 27 titulares da comissão, responsável por sabatinar o indicado. Dez não quiseram comentar, seis afirmaram ainda não ter opinião e apenas três não responderam. Em reservado, parlamentares avaliaram que as críticas do escolhido de Bolsonaro a condutas da Lava Jato imprimiram nele um perfil contrário à criminalização da política, o que pode favorecer sua aprovação pelos senadores. Para ser nomeado, ele precisará do voto da maioria no plenário da Casa.