Senadores pretendem derrubar no Congresso o veto parcial do presidente Jair Bolsonaro ao Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que previa a distribuição de absorventes higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual para estudantes de baixa renda, mulheres presas e aquelas em situação de extrema pobreza. Pelas redes sociais, diversos parlamentares criticaram a decisão que, segundo eles, prejudicou a principal proposta do projeto.
“Fornecer itens básicos de higiene é garantir um mínimo de dignidade aos mais pobres. Vamos batalhar para derrubar este veto”, escreveu a Procuradora Especial da Mulher no Senado, senadora Leila Barros (Cidadania-DF).
Já a líder da bancada feminina, senadora Simone Tebet (MDB-MS), afirmou que o veto demonstra uma falta de empatia do presidente. "Desconexão com a realidade, falta de empatia e desconhecimento da condição feminina, em pleno mês de valorização da saúde da mulher: o Outubro Rosa. O argumento de que não há previsão orçamentária é irreal. Os recursos viriam do SUS e do Fundo Penitenciário. Também não se pode falar em falta de interesse público, em um país onde 52% da população são mulheres. Veto do presidente é mais um sinal do menosprezo dele à condição humana”, criticou a parlamentar.