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O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, preso desde janeiro em um batalhão da Polícia militar em Brasília, recebeu neste sábado (6) a visita dos senadores Rogério Marinho, Magno Malta, Eduardo Gomes, Jorge Seif e Márcio Bittar. Na sexta (5), o ministro do STF Alexandre de Moraes havia autorizado que 38 senadores visitem Torres, desde que divididos em grupos de até cinco congressistas.
Aos visitantes, Torres, cuja prisão foi determinada por Alexandre de Moraes por suposta omissão no desempenho de suas funções frente aos ataques aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, reiterou que não se omitiu de suas funções, explicando que não era ele o único responsável pela segurança da Praça dos Três Poderes e que sua viagem aos EUA dias antes dos atos de vandalismo não teve nenhuma relação com o ocorrido. Segundo os senadores que o visitaram, Torres aparentava estar bastante abatido e abalado emocionalmente, além de ter emagrecido.
Pelo Twitter, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, manifestou sua indignação com a prisão de Torres, que já dura quatro meses. “Para nós a libertação de Anderson é um ato de justiça e de humanidade”, reiterou. O senador Magno Malta também disse estar preocupado com a situação do ex-ministro. “Acabo de visitar o ex-ministro Anderson Torres, preso sem saber o porquê. Estive em oração com ele durante esta manhã. Eu e outros senadores vamos lutar pelos seus direitos”, disse em vídeo publicado no Instagram. “Ele está muito fragilizado emocionalmente, é triste ele não entender por que está passando por isso. O Ministério Público se posicionou a favor dele. Muito difícil a situação dele, precisa de muita oração do Brasil pela vida dele porque de fato é uma covardia”, enfatizou Malta.
Neste domingo (7), mais um grupo de cinco senadores deve visitar Anderson Torres. O ex-ministro deve prestar depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (8).