O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral deixou a unidade prisional da Polícia Militar, em Niterói, na noite desta segunda-feira (19) para cumprir prisão domiciliar. Preso preventivamente desde 2016, ele era o único acusado pela Operação Lava Jato que permanecia preso em regime fechado. Cabral deixou a prisão por volta das 20h30, sem falar com a imprensa.
O político seguiu para um apartamento da família em Copacabana, na zona sul do Rio. Na última sexta (16), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para revogar a última ordem de prisão preventiva que existia contra o ex-governador. Na tarde desta segunda, a juíza da 13ª Vara Federal de Curitiba Gabriela Hardt determinou a expedição do alvará de soltura de Cabral e ordenou o cumprimento de medidas cautelares.
Além da prisão domiciliar, o político deverá usar tornozeleira eletrônica. Os custos do monitoramento eletrônico serão indicados pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e deverão ser arcados pelo próprio Sérgio Cabral.
Em nota, os advogados Daniel Bialski, Bruno Borragine, Patrícia Proetti e Anna Julia Menezes afirmaram que o ex-governador respeitará todas as determinações estabelecidas pela Justiça. Acrescentou ainda que, “neste momento, Cabral não se manifestará à imprensa, pois o seu maior desejo é estar na companhia de sua família”.
Entre as medidas cautelares, Cabral só poderá receber visitas de parentes até 3º grau, advogados constituídos e profissionais de saúde. São proibidas visitas de colaboradores da Justiça ou outros investigados, em especial da Operação Lava Jato. Ele não poderá promover festas ou quaisquer outros eventos sociais em sua residência; não poderá alterar seu endereço sem prévia autorização judicial; deverá comparecer a juízo sempre que for intimado a fazê-lo. Com informações da Agência Brasil.