O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda disse em depoimento à Polícia Federal que trocou de celular e não guardou o backup com as conversas que mostram que ele foi pressionado por superiores pela compra da Covaxin. A informação foi divulgada pela colunista Bela Megale, no jornal O Globo, nesta segunda-feira (19). Luis Ricardo Miranda foi ouvido pela PF na última quarta-feira (14) no inquérito sobre a negociação feita pelo governo federal.
Miranda afirmou que fez os “prints” (fotos digitais) das mensagens e que encaminhou todo o material ao seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF). As imagens ainda não foram entregues por ele à PF. Segundo a coluna apurou. o servidor teria trocado de celular depois de março, mesmo mês em que as suspeitas foram relatadas ao presidente Jair Bolsonaro.
“Perguntaram na PF se ele tinha o backup das conversas e meu irmão informou que não tinha. Ele troca de aparelho há anos e nunca fez esse procedimento. Ele já tinha feito os prints das conversas e enviou todo material para mim. Se a PF me pedir, entrego tudo. A CPI já tem tudo. Eles também podem periciar o celular do Roberto Dias e comprovar que o que meu irmão diz é a verdade. Eu tenho tudo guardado. Meu irmão, por ser funcionário público, não tem essa visão. Para ele, os prints já eram suficientes”, disse o deputado. O parlamentar também deve prestar depoimento à PF nas próximas semanas.