Governador do Amazonas, Wilson Lima, deve anunciar reajuste a servidores em 28 de outubro.| Foto: Alan Santos/PR
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Governadores de 14 estados já preveem conceder reajuste salarial ou recomposição inflacionária a servidores públicos no ano que vem. Isso será possível graças ao fim do veto a reajustes de servidores imposto pelo governo federal para concessão de ajuda financeira da União aos estados durante a pandemia. As informações são do Estado de S. Paulo.

Dos 14 governadores que devem conceder aumentos a servidores, nove poderão disputar a reeleição em 2022. Um deles é Wilson Lima (PSC), do Amazonas, que deve fazer o anúncio do reajuste no Dia do Servidor, celebrado em 28 de outubro. “Em ano eleitoral, as pressões pelo aumento vêm de todos os lados. Mas estamos preparados e com as contas em dia para fazermos isso com responsabilidade”, disse Lima, que afirmou ser candidato à reeleição.

Em Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), que resistiu a dois processos de impeachment, também deve concorrer à reeleição. Ele enviou dois projetos para apreciação dos deputados com a finalidade de ampliar a remuneração de militares – ele próprio é bombeiro – e professores em ações de impacto bilionário para os cofres públicos. A estimativa é que o custo alcance cerca de R$ 1,2 bilhão ao ano.

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No Rio de Janeiro, o gasto com funcionalismo público deve ser ampliado em R$ 6 bilhões pelos próximos três anos. A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) já aprovou um projeto, com o apoio do governador Cláudio Castro (PSC), que assumiu o cargo após o impeachment de Wilson Witzel (PSC), autorizando aumento de 22% para os 432 mil servidores, sem recomposição desde 2014. Já no Mato Grosso, a recomposição salarial de todos os servidores em 2022 será de 6%. A ação foi assegurada na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2022, com custo estimado de R$ 550 milhões.