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A senadora Simone Tebet (MDB-MS) acusou, na sessão da CPI da Covid do Senado desta terça-feira (6), o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, de ter falsificado um documento sobre aquisição de vacinas por parte da pasta.
O documento mencionado pela senadora foi uma nota fiscal (invoice) firmada com a Madison, empresa que negociou vacinas com o Ministério. Franco expôs o documento durante entrevista coletiva no último dia 25, quando ele e o ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência) foram a público para tentar rebater as denúncias dos irmãos Miranda, que acusaram servidores do Ministério de coordenar um esquema para privilegiar a vacina Covaxin dentro da pasta. Na ocasião, Franco mostrou o que chamou de invoice "verdadeira", como oposição a outra exibida pelos Miranda em depoimento à CPI.
Segundo Tebet, o texto exposto por Franco é um "documento fajuto". A senadora apresentou à CPI erros de português e inglês presentes na nota - o que, segundo ela, ajudariam a identificar a falta de idoneidade do documento. Tebet também ressaltou que a nota fala de uma quantidade de vacinas diferentes do que foi efetivamente negociado entre o governo brasileiro e a Bharat Biotech, empresa que fabrica a vacina Covaxin.
Tebet disse que "o secretário-executivo [Franco] prevaricou" e que "a Covaxin nasceu morta", ao alegar que o imunizante não chegaria aos postos de vacinação. "O presidente da República precisa vir a público", afirmou a senadora.