A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs nova derrota à Lava Jato nesta terça (15), ao determinar o arquivamento de inquérito contra o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), acusado de receber R$ 2,1 milhões em propinas da Odebrecht para atuar a favor da empreiteira na aprovação de uma medida provisória. O caso tramitava na Corte desde 2017, e ainda não havia levado à uma denúncia contra o emedebista. O relator da operação no Supremo, ministro Edson Fachin, havia determinado o envio do inquérito à Justiça Federal do Distrito Federal no ano passado, quando Oliveira não se reelegeu senador e perdeu o foro privilegiado. A defesa do ex-senador recorreu, cobrando o arquivamento do inquérito. Em agosto de 2019, o ministro Gilmar Mendes pediu vista (mais tempo de análise) e travou o julgamento do recurso, retomado nesta terça.
Para Gilmar, as investigações se prolongaram por três anos, com produção de provas que ainda não comprovam as acusações contra o ex-senador. O ministro afirmou que o caso se trata de um 'inquérito natimorto que perdura quase três anos' em prejuízo a Olíveira. No mesmo sentido votou o ministro Kassio Nunes Marques. Segundo ele, o inquérito se sustenta apenas em delações e planilhas de empresários 'sem a devida corroboração com os demais elementos informativos colhidos até então'. A divergência formou maioria com o voto do ministro Ricardo Lewandowski, que disse não ter encontrado indícios que justificassem a manutenção do inquérito, aberto em abril de 2017. Os três votos derrotaram o relator da Lava Jato, Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia, que defenderam a continuidade da investigação.
STF arquiva inquérito contra ex-senador Eunício Oliveira por propinas
- 15/12/2020 22:45
- Por
CARREGANDO :)
Ouça este conteúdo
Publicidade
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF