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Um ofício do advogado-geral da União, José Levi Mello Júnior, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (17) mostra que o Ministério da Saúde e o governo do Amazonas tinham conhecimento da situação do oxigênio nos hospitais de Manaus (AM). A pasta foi avisada no dia 8, antes do colapso no sistema de saúde no dia 14.
“Após a vistoria nas localidades, o ministério tem diligenciado diuturnamente pelo envio de remessas de oxigênio líquido e gasoso”, diz a resposta da AGU, ao citar que o Ministério da Saúde mantinha ação conjunta entre município, estado e União.
A manifestação ocorre no âmbito da ação movida pelo PT e PCdoB na última sexta (15) a pedido do ministro Ricardo Lewandowski. De acordo com a Folha, a White Martins, empresa fornecedora do oxigênio hospitalar, reencaminhou à pasta um ofício que já havia mandado, no dia anterior, ao governo do Amazonas. A empresa cita “imprevisto aumento da demanda ocorrido nos últimos dias agravou consideravelmente a situação de forma abrupta”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar o colapso no sistema de saúde pública do Amazonas provocada pelo aumento no número de mortes e casos da Covid-19. Um inquérito deverá ser aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar possível omissão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), do atual prefeito de Manaus, David Almeida, e do ex-prefeito, Arthur Virgílio.