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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (8) a favor de manter a decisão que restringiu o repasse de informações de órgãos públicos para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A Corte analisa uma ação do PSB que questiona um decreto do presidente Jair Bolsonaro. O decreto pretendia reformular a agência para aumentar o alcance de requisição de dados de outras instituições. A informação foi divulgada pelo portal G1.
O STF entendeu que a Abin não pode solicitar informações de instituições governamentais para atender a interesses pessoais ou privados. Em agosto de 2020, o plenário já tinha confirmado uma medida cautelar para impor limites à atuação da agência. Os ministros julgam, agora, o tema de forma definitiva. A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, considerou que a requisição de dados deve ser justificada.
No voto, a ministra ressaltou que a Corte recebeu denúncias de desvio de finalidade na atuação de integrantes de forças de segurança do governo. Cármen Lúcia citou o caso da suposta produção de dossiê pela Abin sobre investigações criminais envolvendo Flávio Bolsonaro para orientar a defesa do senador. Após uma sindicância, a agência negou ter produzido o relatório. Acompanharam o entendimento da relatora os ministros: Gilmar Mendes, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Dias Toffoli.