Em uma esteira de derrotas, a Lava Jato amargou mais uma perda nesta terça-feira (6), após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) arquivar a ação penal da força-tarefa contra o ex-senador e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo. O placar ficou em três votos a dois contra os procuradores de Curitiba e a sessão contou com mais críticas de Gilmar Mendes à operação.
O ministro afirmou que os "únicos elementos a serem produzidos" durante a instrução do caso seriam depoimentos de delatores, que seria insuficiente para garantir uma punição ao ex-senador. Gilmar ainda atacou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. "Se a denúncia tivesse sido escrita pelo antigo PGR Janot a gente diria, ele estava naquele estado, estava alcoolizado".
O ministro frisou que o caso é "constrangedor" e que a denúncia "teria dificuldade de ser recebida pelo juiz Moro". O relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, defendeu a continuação das investigações. Ele foi seguido pela ministra Cármen Lúcia. Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques, no entanto, acompanharam a divergência aberta por Gilmar Mendes.