Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram nesta terça-feira (10) a denúncia contra o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz por tráfico de influência. O placar foi de 3 a 2. Os ministros decidiram que a denúncia em relação aos demais réus, inclusive o filho de Aroldo, Tiago Cedraz, deve ser analisada pela Justiça Federal em primeira instância, no Distrito Federal, por não envolver autoridades com prerrogativa de foro.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o ministro e seu filho teriam praticado tráfico de influência ao receber dinheiro da UTC para a manutenção de uma licitação fraudulenta referente à Usina Angra 3. Segundo o MPF. Aroldo teria atuado para atrasar o julgamento no TCU. Os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello votaram contra o recebimento da denúncia, alegando que a peça do MPF não é consistente. O ministro Edson Fachin, relator do caso, votou pelo recebimento da denúncia e pelo afastamento de Cedraz do cargo de conselheiro do TCU. A presidente da Turma, Carmen Lúcia, acompanhou o voto de Fachin.