O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes prorrogou por mais 60 dias o inquérito que apura cometimento de crime pelo presidente Jair Bolsonaro ao divulgar documentos sigilosos de uma investigação da PF sobre invasão de hackers ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dias extras foram concedidos a pedido da Polícia Federal.
O inquérito em questão foi aberto em agosto por determinação de Moraes após notícia-crime enviada pela corte eleitoral. No início daquele mês, o presidente publicou em suas redes sociais um link que dava acesso às peças da investigação, confidencial, sobre um ataque virtual cometido em 2018.
Para o TSE, Bolsonaro cometeu crime de divulgação de segredo, que consiste em "divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública". À época, Bolsonaro defendeu que o caso comprovava fraude nas eleições do mesmo ano.