Collor
Ex-senador Fernando Collor de Mello é suspeito de ter recebido R$ 30 milhões em propinas por corrupção em contratos envolvendo a BR Distribuidora.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomam nesta quinta (18) o julgamento da ação penal que investiga o envolvimento do ex-senador Fernando Collor de Mello na assinatura de contratos irregulares com a BR Distribuidora, entre os anos de 2010 e 2014.

Na sessão de quarta (17), o ministro Edson Fachin, que também é relator do caso, votou para condená-lo a 33 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de uma multa de R$ 20 milhões por danos morais coletivos.

Edson Fachin disse, no voto, que está devidamente comprovada a lavagem de capitais por Collor mediante a realização de 42 depósitos em contas correntes do ex-senador e 65 em contas de empresas por ele controladas, para burlar os mecanismos de fiscalização das autoridades financeiras.

Além de Fachin, o ministro Alexandre de Moraes, revisor da ação penal, também votou a favor da condenação.

A ação penal a que o ex-senador responde é um desdobramento de uma das fases da Operação Lava Jato aberta em 2017, e aponta que Collor teria recebido propinas de R$ 30 milhões por influência política na ex-subsidiária da Petrobras.

Além de Collor, também são julgados na ação penal o suposto operador do esquema e amigo do ex-senador, Pedro Paulo Bergamachi, e o diretor financeiro das empresas do político, Luis Pereira Duarte de Amorim.