Uma das ações suspensas pelo STF por uso de provas do acordo de leniência da Odebrecht diz respeito às obras da usina de Belo Monte, no Pará.| Foto: TV Brasil/Agência Brasil
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu cinco ações penais envolvendo seis pessoas que utilizavam provas obtidas no acordo de leniência firmado pela empreiteira Odebrecht nas investigações da Operação Lava Jato, e que foram declaradas inválidas pela Segunda Turma da Corte. A decisão pela suspensão dos processos foi dada na segunda (13) e divulgada nesta terça (14) (veja na íntegra).

De acordo com Lewandowski, as ações penais foram baseadas em provas obtidas dos sistemas Drousys e My Web Day, e consideradas contaminadas na 13ª Vara Federal de Curitiba. O mesmo ocorreu recentemente com a suspensão da ação penal que apurava supostas doações irregulares de R$ 4 milhões ao Instituto Lula envolvendo o diretor Paulo Okamoto e o ex-ministro Antonio Palocci, entre outros.

Uma das ações suspensas nesta terça (14) diz respeito ao ex-senador Edison Lobão (MDB) por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro nas obras da usina de Belo Monte, no estado do Pará. Também estão envolvidos o filho, Márcio Lobão, e a nora, Marta Lobão. O ex-senador foi ministro de Minas e Energia nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de Dilma Rousseff (PT) entre os anos de 2008 e 2010 e de 2011 e 2015, respectivamente.

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Em outra, o almirante Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, é citado por suposto delito relacionado à construção do Estaleiro e Base Naval da Marinha em Itaguaí (RJ).

Uma terceira ação é contra o empresário Jorge Atherino, acusado de ser operador financeiro do ex-governador do Paraná, Beto Richa, por suspeita de corrupção na licitação de obras de duplicação da PR-323.

Já as duas últimas ações suspensas envolvem o advogado Rodrigo Tacla Duran, suspeito de lavagem de dinheiro para a Odebrecht.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]