O suplente de senador Siqueira Campos (DEM-TO), que assumiu o mandato em meados de julho, aos 90 anos, na vaga do titular Eduardo Gomes (MDB-TO), já recebeu a sua homenagem: o depósito de R$ 33,7 mil por conta da “ajuda de custo” de início de mandato. Mesmo que fique apenas um mês no Senado, receberá mais R$ 33,7 mil de “ajuda” de final de mandato. Essas mordomias são, na prática, salários extras, também chamados de “auxílio-mudança”.
Já custaram R$ 3,8 milhões aos cofres públicos nos últimos 15 anos, contemplando 62 suplentes que cumpriram 121 breves mandatos, como mostrou reportagem publicada na Gazeta no dia 25 de julho. Além da “ajudinha”, eles ainda têm dinheiro para escritório, restaurantes de luxo, passagens aéreas e locação de carro e até avião. Tem suplência para irmão, mulher, pai. No início do ano, Zé Santana (MDB-PI), segundo suplente do senador Wellington Dias (PT-PI), recebeu duas ajudas de custo por 49 dias de mandato. E fez a festa, gastando dinheiro público com o aluguel de uma Trailblazer e o fretamento de um avião para fazer uma visita a Parnaíba (PI).