Antes das fugas em massa em quatro presídios de São Paulo, o corregedor-geral de Justiça, Ricardo Anafe, havia determinado, nesta segunda-feira (16), a suspensão das saídas temporárias agendadas para março, sob a justificativa de evitar a disseminação do novo coronavírus. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e o sindicato dos agentes do sistema carcerário, a decisão motivou as rebeliões. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de SP, "a medida foi necessária pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados". Os "atos de insubordinação" ocorrem nos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz, além da ala de semiaberto da Penitenciária II de Mirandópolis; não há informação sobre o número exato de fugitivos.
Suspensão de saidinhas motivou fuga de presídios paulistas, diz governo
- 16/03/2020 21:47
- Estadão Conteúdo
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