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O ministro do Tribunal de Contas da União Benjamin Zymler determinou que o Ministério da Saúde suspenda o aditivo de um contrato com a VTCLog, empresa alvo da CPI da Covid. A Corte aponta a suspeita de fraude aos cofres públicos no aditivo. O ministro acatou uma ação dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA). O plenário da Corte de Contas ainda deve analisar o tema. A informação foi divulgada pelo portal Poder360.
O termo aditivo questionado na Corte foi assinado pelo então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, em 20 de maio deste ano. A empresa foi contratada para transportar e armazenar insumos e vacinas. O 2º Termo Aditivo ao Contrato 59/2018 mudou a metodologia usada para medir um dos serviços prestados pela VTCLog. O TCU determinou também que o ministério não realize pagamentos referente aos serviços prestados pela empresa na "Manipulação de Item para Atendimento (picking)" até que o assunto seja analisado. A pasta deve justificar a assinatura do termo em até 15 dias.
Em nota, a VTCLog afirmou que "o segundo termo aditivo em voga foi extremamente benéfico para a Administração Pública e a Egrégia Corte de Contas está fazendo seu louvável papel e tem todo direito em requerer às partes envolvidas os devidos esclarecimentos técnicos". A empresa disse também que a "suspensão não afeta a legalidade e a lisura com que o termo aditivo foi realizado" e que apresentou à CPI "todos os esclarecimentos devidos e o fará da mesma forma ao TCU".