O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma representação para investigar a licitação para a compra de 35 mil comprimidos de citrato de sildenafila pelas Forças Armadas. O medicamento é popularmente conhecido como Viagra.A ação foi aberta na terça-feira (12) e será relatada pelo ministro Weder de Oliveira com o objetivo de apurar o suposto desvio de finalidade no processo, além da comprovação de superfaturamento de 143% na compra dos medicamentos, segundo informações do processo.
O Ministério da Defesa justificou a compra afirmando que a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar. A pasta fiz ainda que os “processos de licitação e compra de medicamentos seguem os preceitos legais previstos e as demandas do Sistema de Saúde do Exército, responsável por prover assistência médico-hospitalar a militares e seus dependentes, totalizando mais de 700 mil pessoas".
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica também divulgaram nota afirmando o objetivo da compra foi a utilização do medicamento no tratamento de hipertensão arterial pulmonar. Na quarta-feira (12) o presidente Jair Bolsonaro ironizou a compra de Viagra pelas Forças Armadas, afirmando que aquisição “não é nada” e que o medicamento seria utilizado por inativos e pensionistas.