A senadora Simone Tebet (MDB-MS), relatora da PEC da reforma eleitoral no Senado, recomendou a aprovação do projeto, mas barrou os artigos que resgatam a volta das coligações, durante os trabalhos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (15). A votação da matéria acabou adiada após um pedido de vista do senador Jorginho Mello (PP-SC) e deve ser retomada somente na próxima semana.
Para Tebet, as coligações distorcem a vontade do eleitor, ao eleger candidatos com orientações políticas diferentes daqueles escolhidos, além de aumentarem a fragmentação partidária e dificultarem a governabilidade. “O eleitor sempre sabe em quem vota; nunca sabe, contudo, a quem seu voto ajudará a eleger. Muitos partidos implicam muitos acordos, num investimento maior, portanto, de tempo e recursos políticos para construir e manter coalizões governamentais. O resultado pode ser paralisia decisória, descontentamento dos eleitores e perda de legitimidade dos governos”, afirmou a senadora.
As mudanças eleitorais precisam ser aprovadas até o 2 de outubro a tempo de valerem paras eleições de 2022.