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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar que busca maior transparência nas eleições e que pretende que o processo eleitoral seja encerrado sem desconfiança para qualquer um dos lados. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (10), durante participação no Encontro Nacional do Agro, promovido pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), em Brasília.
“O jogo de poder é bruto. Fazem tudo para que o seu “status quo” não seja alterado. O Brasil não é diferente. Nós temos mais que o dever, o direito de aperfeiçoar as instituições, desconfiar, debater. Ninguém tem o poder de falar aqui eu mando, ninguém mete a colher, é assim e quem for contra está atacando a democracia. Que pipoca de democracia é essa que estão atacando? Nós queremos transparência. Queremos a verdade. Queremos terminar as eleições sem quaisquer desconfianças, seja qual for o lado”, afirmou Bolsonaro. “Nós somos a maioria, nós somos pessoas de bem, nós de verdade trabalhamos. Vamos perder para narrativas? Para três ou quatro aí que assumiram cargos e se acham deuses?”, declarou.
O presidente também voltou a criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sem citar diretamente a Justiça Eleitoral, Bolsonaro afirmou que “eles não aceitaram” as sugestões feitas pelas Forças Armadas para o aprimoramento do processo eleitoral. "Não aceitar sugestões que eles pediram, que convidaram. Queremos é a certeza de que o voto de cada um de vocês, uma vez apertado o botão na maquininha, vá realmente para aquela pessoa. Isso é democracia", declarou Bolsonaro.
O que diz o TSE?
A afirmação feita por Bolsonaro já foi rebatida pelo TSE, que diz ter analisado todas as propostas das entidades que participam da fiscalização do processo eleitoral. “O Tribunal informa que elas receberam, como dezenas de outras propostas, os devidos encaminhamentos, que respeitaram a legislação eleitoral em vigor”, diz o órgão.
Várias das alegações já feitas pelo presidente Jair Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e os ministros que integram ou fizeram parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE ) também já foram respondidas pela Corte em outras ocasiões e ainda pelos próprios magistrados.