O relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que a mudança de calendário da comissão será utilizada para que o grupo que controla o colegiado obtenha "convergência" em torno de temas que não estão pacificados. "O grupo é heterogêneo e não pensamos de maneira igual sobre tudo. Vamos continuar juntos", afirmou, em entrevista coletiva à imprensa antes da reunião da comissão desta segunda-feira (18).
A previsão inicial da CPI era de leitura e votação do relatório final de Renan ainda nesta semana. Mas, diante de indefinições entre os parlamentares, a votação foi adiada para a semana que vem. Os senadores divergem de temas como a imposição de alguns crimes ao presidente Jair Bolsonaro e o indiciamento de personalidades como o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Renan declarou também que o relatório "não é uma peça individualizada" e que ele está "aberto para aceitar" as sugestões dos outros senadores. "Quando me chamaram para ser o relator, não me chamaram porque era uma coisa fácil, mas sim porque era uma coisa difícil", disse. O emedebista é um dos presidentes mais experientes do Senado e foi presidente da Casa por três mandatos.