O governo federal pode ser obrigado a jogar no lixo 6,86 milhões de testes para diagnóstico do novo coronavírus, segundo noticiou o jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (22). Os exames, que são do tipo RT-PCR, estão em um armazém do governo federal em Guarulhos, e não foram distribuídos para a rede pública. O material, que custou R$ 290 milhões ao Executivo, perde a validade entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Documentos obtidos pelo Estadão apontam que o Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, já consultou os fabricantes a respeito de uma possível prorrogação na validade do material. A pasta afirma que repassa os testes a estados e municípios sob demanda. Já as secretarias municipais e estaduais de Saúde afirmam que os kits encaminhados pelo governo federal são incompletos, pois têm número reduzido de reagentes, tubos de laboratório e cotonetes de coleta.
Dos 24,2 milhões de exames de coronavírus previstos pelo governo federal para serem realizados até dezembro, só 20% foram realizados pelo SUS.