A organização Transparência Internacional criticou, nesta quinta (1º/6), a indicação de Cristiano Zanin ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem fez parte da defesa nos processos da Operação Lava Jato e é amigo pessoal.
A Transparência Internacional diz, em uma postagem nas redes sociais, que a indicação contraria compromissos assumidos internacionalmente pelo Brasil sobre independência do judiciário, afronta o princípio constitucional de impessoalidade e “trai a promessa de resgate das instituições democráticas”.
Ainda segundo a organização, a indicação de Zanin contradiz o próprio discurso de Lula de promover a inclusão de “segmentos sociais historicamente marginalizados e excluídos dos espaços de poder” – está na “raiz da corrupção sistêmica brasileira”, diz.
A organização afirma que Lula “parece” transformar o tribunal em “anexo do governo de ocasião”, e que o país está “diante das escolhas que reverterão ou avançarão essa trajetória de enfraquecimento e captura das instituições”.