A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia contra três pessoas acusadas de envolvimento na tentativa de explosão de uma bomba instalada em um caminhão-tanque de combustível, nos arredores do aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado. À época, a Polícia Militar foi acionada após o motorista do caminhão perceber o objeto estranho no veículo e alertou policiais na área.
Com isso, se tornaram réus George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza. De acordo com as investigações, o trio montou a bomba e Wellington foi o responsável por transporta-la até as proximidades do aeroporto de Brasília.
Os réus vão responder na Justiça pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa. O Ministério Público, no entanto, vai pedir que a pena seja ampliada, pois o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.
Já as acusações de atos de terrorismo vão ser enviadas para a Justiça Federal, instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito. De acordo com as investigações, o plano foi feito no acampamento montando em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. O local abrigava manifestantes contrários ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O objetivo dos denunciados era cometer infrações penais que pudessem causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio”, afirma a denúncia.
Após a prisão de Wellington, a polícia fez buscas e apreensão em um apartamento que havia sido alugado por ele na região do Sudoeste, em Brasília. No local, foram encontradas armas e pelo menos cinco explosivos parecidos com o que ele pretendia explodir junto ao caminhão perto do aeroporto da capital.