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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o WhatsApp irão aprimorar uma ferramenta usada para denunciar disparos em massa de fake news para as eleições deste ano. O serviço funcionou nas eleições municipais de 2020. Com isso, quem receber mensagens suspeitas poderá preencher um formulário hospedado no site da Justiça Eleitoral. Caso seja detectado o disparo ilegal de campanha, o TSE vai requisitar ao WhatsApp que exclua a conta.
Os responsáveis pela distribuição do conteúdo podem ser banidos do aplicativo. Além disso, se a prática tiver relação direta com alguma campanha, a Corte eleitoral pode impor sanções que vão de multa até a cassação da candidatura.
"O WhatsApp não é lugar de propaganda eleitoral profissional. O WhatsApp é um lugar de conversas privadas. É evidente que há conversas sobre política. Isso é natural e compreensível. Em havendo uso de mecanismos profissionais para fins de estruturação de campanha de marketing, esse tipo de padrão abusivo, padrão não humano, as contas serão banidas", disse o head de Políticas Públicas da plataforma no Brasil, Dario Durigan, ao Estadão/Broadcast.
O Twitter também anunciou que deve implementar no Brasil um recurso para denúncia de fake news, ainda em fase de testes. O TSE fechou parcerias com Facebook, Instagram, WhatsApp e Twitter para conter a desinformação no período eleitoral. Já o Telegram, que não possuí representação oficial no país, não retornou aos contatos da Corte para discutir uma pareceria.