O teste consiste na realização de uma votação equivalente à votação oficial
O teste consiste na realização de uma votação equivalente à votação oficial| Foto: Antonio Augusto/secom/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou neste domingo (12) testes de integridade em urnas eletrônicas durante as eleições suplementares nas cidades de Silva Jardim e Santa Maria Madalena, no estado do Rio de Janeiro. De acordo com a Justiça Eleitoral, os testes de integridade são parte do processo de auditagem das urnas e acontecem em todas as eleições para garantir a legitimidade e a segurança do processo eletrônico de votação.

O procedimento foi transmitido ao vivo pela internet e contou com a participação de representantes da sociedade civil. Ao final dos testes, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, explicou que a testagem consiste na realização de uma votação paralela ao pleito oficial para comprovar que o voto digitado na urna é exatamente o voto que será contabilizado.

O processo começa no mesmo horário da votação oficial. A partir da impressão da zerésima – documento que prova que não há nenhum voto registrado na urna –, todos os votos das cédulas preenchidas são digitados, um por um, no equipamento e num sistema paralelo, em um computador. Tudo é feito em ambiente monitorado, e as câmeras filmam os números digitados no teclado da urna.

Ao final da votação, é impresso um Boletim de Urna (BU), e o sistema auxiliar também emite um boletim. Os dados dos dois são comparados pela comissão de auditoria, e é verificado se a urna eletrônica funcionou normalmente, bem como se foram registrados exatamente os votos das cédulas digitados na urna.

O ministro Barroso que no próximo dia 04 de outubro o código fonte das urnas será aberto em um novo teste de segurança. De acordo com presidente do TSE, representantes da sociedade civil, dos partidos políticos e técnicos de informática são convidados para tentarem romper com a segurança das urnas.

"São diversas as etapas de teste e de exibição de transparência. Tudo começa com a abertura do código fonte. Nunca aconteceu de se ultrapassar todas as barreiras de segurança da urna. Quando alguma barreira é rompida, se identificam a vulnerabilidades e o TSE aperfeiçoa. O sistema é aprimorado a vista das novas tecnologias que vão surgindo", explicou o presidente do TSE.