Ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes em cerimônia no TSE, nas eleições 2022.| Foto: Isac Nóbrega/PR
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, por unanimidade, um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para declarar o presidente da Corte, Alexandre de Moraes suspeito no julgamento de um processo em que o ex-chefe do Executivo é acusado de abuso de poder político. O recurso foi julgado em plenário virtual, em sessão extraordinária encerrada às 23h59 de ontem (10).

O ex-presidente pediu que Moraes fosse declarado suspeito em razão de ele ter feito um gesto de degola passando a mão no pescoço durante um julgamento em que o TSE manteve a proibição de realizar lives de cunho eleitoral nos espaços da Presidência da Reública, em setembro de 2022. O gesto foi interpretado pela defesa como uma manifestação de “animosidade” com Bolsonaro e de “interesse pessoal” no processo, motivo pelo qual pediram a suspeição do ministro, que é presidente do TSE.

Na votação eletrônica, Moraes se declarou impedido, já que era alvo do agravo. O ministro Ricardo Lewandowski já havia negado o pedido de suspeição anteriormente, afirmando que “o objetivo da presente ação é apenas o de criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral”.

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O pedido foi encaminhado ao ministro Nunes Marques que seguiu o mesmo entendimento de Lewandowski. A rejeição do pedido foi acompanhada pelos outros ministros que participaram do julgamento na corte eleitoral.