TSE determinou que o norte-americano Jason James Miller, criador da plataforma Gettr, seja ouvido pela PF.
TSE determinou que o norte-americano Jason James Miller, criador da plataforma Gettr, seja ouvido pela PF.| Foto: Reprodução / Twitter

O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou na terça-feira (7) a suspensão dos repasses de valores, incluindo doações, para canais da rede Gettr, entre eles os perfis de Allan dos Santos e Oswado Eustáquio, que já foram alvo de operações anteriores. Os valores que já foram repassados aos canais e perfis devem ser direcionados para uma conta judicial vinculada à Justiça Eleitoral.

“Trata-se de uma nova rede social com planos de expansão para o Brasil e que tem concedido amplo espaço para ataques à democracia e ao sistema brasileiro de votação”, diz o TSE. O corregedor determinou também que a plataforma deixe de utilizar algoritmos que indiquem outros canais e vídeos de conteúdo político relacionado aos ataques ao sistema de votação e à legitimidade das eleições brasileiras. “Tal proibição não englobará pesquisa ativa de usuários em busca por conteúdo específico com utilização de palavras-chaves”, diz.

Na decisão, Salomão determina ainda que o norte-americano Jason James Miller e o empresário brasileiro Gerald Almeida Brant, criadores e possíveis gestores da plataforma Gettr, sejam ouvidos pela Polícia Federal (PF). “Considerando que os gestores da Gettr são estrangeiros e logo retornarão ao seu país de origem, cumpra-se com urgência esta determinação, servido a mesma como mandado para cientificação dos responsáveis”, diz o ministro na decisão.