A versão do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de que foi armado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para matar o ministro Gilmar Mendes possui contradições. De acordo com o site Jota, Janot teria viajado para Belo Horizonte um dia antes do suposto fato, em 11 de maio de 2017, e retornado cinco dias depois. O ex-procurador tinha compromissos profissionais e ainda teria feito uma palestra na Universidade Federal de Minas Gerais. A Força Aérea, diz o site, confirma que recebeu ofício para uso de aeronave em compromisso oficial de Janot. Ainda de acordo com o site, a ata do Supremo do dia mencionado por Janot mostra que quem representava a Procuradoria-Geral da República (PGR) na sessão era o subprocurador Bonifácio de Andrada. O Salão Branco do STF – onde Janot diz que sacou a arma – é vigiado por câmeras e seguranças. Depois de revelar o plano contra Gilmar, o ex-PGR foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal - a pedido do STF. A arma de Janot foi apreendida e a posse suspensa, os celulares e o tablet foram recolhidos. O ex-PGR fez as declarações ao falar de seu livro: Nada menos que tudo.
Armado no Supremo